Juniperus procumbens I

Olá Pessoal,

Alguns dos famosos juníperos fizeram uma viagem até à Madeira (obrigado Mário!). O primeiro que trabalhei foi este. Ficou um shohin moyogi com uns trejeitos de bunjin.

Antes de qualquer trabalho:



Depois:









Sugestões, comentários ou críticas? Obrigado!

Cumprimentos,
Pedro

Viva Pedro!

Engraçado este tronco, tem mesmo traços de Bunjin e acho que deverias apostar mais nessa vertente, tirando um pouco de peso á massa verde. Acho que se "aliviares" um pouco no topo do lado direito criando uma pequena rotura naquela massa ficará melhor, pois permitirá seguir a linha elegante do tronco, ficando a parte esquerda como contra-peso para esse movimento.

Que achas?

Foi um trabalho muito bem feito. Qual é que é a frente? É a 1ª foto?

Abraço

Olá Pessoal,

Tinha-me esquecido deste tópico, desculpem o atraso na minha resposta.

Mário, estou a estudar as tuas sugestões com cuidado. São bastante válidas como sempre. Talvez no outono ponha algo em prática. Estou a habituar-me com calma à imagem da planta, mas vou fazer alterações no futuro. A árvore já começou a dar uma boa resposta à intervenção.

Miguel, obrigado pelos teus simpáticos comentários. A frente actual é a da primeira foto. Sugeres alterar?

Abraços,
Pedro

Eu gosto da 2ª foto, porque dá a sensação de instabilidade, que seria mais acentuada se tivesse muita folhagem. Não sei se ao vivo acontece a mesma coisa, ou se é só na fotografia.

Abraço

Olá Pessoal,

Actualização:



Este junípero tem crescido muito, já levou 3 podas (em geral não faço pinçagens) depois da primeira intervenção. No entanto, agora está a ameaçar perder alguns ramos, não sei porquê. O ramo da esquerda é capaz de não escapar, mas isso não é muito grave.

Como sempre, todos os comentários são bem-vindos. Obrigado pela leitura.

Cumprimentos,
Pedro

Viva Pedro!

Respondeu bem....a questão dos ramos é caracteristica da espécie, o meu também perdeu uns ramos !

Estas árvores estão há muitos anos nestes vasos e a saúde das raízes também não será a melhor!

Da minha experiência no meu junipero que tenho vindo a trabalhar ao longo dos últimos três anos acaba sempre por secar um ou outro ramito mais sensível. Nesta espécie não tens problema em pinça-lo com a reacção que teve já está cheio de força e ainda rebenta outra vez. Podes ainda com um arame fininho de cobre aramar até ás pontas para deixar entrar o sol se não entrar luz os ramos mais finos também acabam por secar.

Abraços

Olá a Todos,

Mário e Paulo, obrigado pelos vossos comentários.

Estas árvores estão há muitos anos nestes vasos e a saúde das raízes também não será a melhor!

Pois, não ajuda. Entretanto estive a "autopsiar" o ramo da direita e percebi o que aconteceu - dano mecânico. Houve uma torção mais agressiva no ramo, não sei se foi na altura da modelação ou se foi depois. O que é certo é que a casca se soltou do tronco na base desse ramo e quando isso acontece muito dificilmente o resultado é diferente.

No Outono vou transplantar e inspeccionar as raízes. Não se vê bem, mas o nebari deste junípero é excelente.

Da minha experiência no meu junipero que tenho vindo a trabalhar ao longo dos últimos três anos acaba sempre por secar um ou outro ramito mais sensível.

Pois... aconteceu-me isso num dos ramos do topo, não sei bem o que aconteceu. Detectei alguns afídeos, daqueles grandes e cinzentos que adoram os sonare, mas a infestação não foi nada grave... no entanto, pode ter sido uma contribuição para o que aconteceu nesse ramito perto do topo.

Nesta espécie não tens problema em pinça-lo com a reacção que teve já está cheio de força e ainda rebenta outra vez. Podes ainda com um arame fininho de cobre aramar até ás pontas para deixar entrar o sol se não entrar luz os ramos mais finos também acabam por secar.

Obrigado pelas sugestões e por partilhares a tua experiência.
Eu tenho a mania de não fazer pinçagens em juníperos shohin. Acho que as pinçagens by the book prejudicam a médio prazo o vigor da planta - notaste alguma coisa no teu junípero? Opto por podar com tesoura, quase na base, os ramos que fogem da silhueta que planeei. A árvore rebenta bem logo de seguida e o efeito é muito semelhante ao da pinçagem. No entanto, não tenho tanta experiência com os sonare como, por exemplo, com os itoigawa ou shimpaku.

O pormenor da luz e circulação de ar é muito importante, e esta espécie fecha muito bem (e depressa) os espaços, o que só dá maior relevância à questão. Mais uma vez obrigado.

Abraços,
Pedro