Pinheiro silvestre bunjin

Olá Pessoal,

Decidi optar por uma abordagem ao bonsai mais recatada, low-profile, mas a minha dedicação não diminuiu. Como prova de vida, deixo-vos um dos meus mais recentes projectos, uma árvore que é já uma das minhas preferidas. É o resultado de um trabalho a 4 mãos com o Mário Eusébio.

O pinheiro foi recolhido há cerca de 4 anos. O aspecto dele antes do primeiro trabalho do Mário era este (foto do Mário):



Após o primeiro trabalho, pelo Mário, em 2010 (foto do Mário):



No inverno de 2011/2012 a árvore veio para a Madeira e no início da primavera foi trabalhada. A árvore em abril tinha este aspecto:



Entretanto foi transplantada, as agulhas antigas removidas e o ramo pendente aramado. Em breve poderei acrescentar mais fotos.

Comentários e críticas são sempre bem-vindos.

Cumprimentos,
Pedro

Olá Pedro

a unica coisa que me ocorre dizer é que no futuro a quando de uma modelação mais refinada o volume de massa verde seja mais reduzida visualmente...é um literati, e como poeticos que são prestam-se a minimalismos. e neste caso menos é mais...

um projecto muito bom!

Olá Viriato,

Obrigado pelos teus comentários. O plano é esse, mas quero ir devagar. O ramo pendente já está muito mais arejado e compacto, em resultado de ter sido aramado e a estrutura secundária reposicionada. A massa verde no topo também está mais leve. Assim que estiver tudo aramado e organizado a diferença deve ser significativa.

A árvore está há pouco tempo na Madeira e precisa de se adaptar ao clima, em particular à falta de frio no Inverno e aos Outonos extremamente húmidos que cá temos. Uma modelação mais profunda deve ser feita daqui a 1 ano, se tudo correr bem.

Olá Pedro,

Cria-me alguma confusão visual o primeiro ramo do lado direito, sobretudo o ângulo de saída. Penso que com uma barra de ferro , e fazendo uma ligeira torção do tronco principal com a ajuda da barra poderás melhorar muito esse ramo.

Bom projecto !


Abraço,

Olá Pessoal,

Márcio, obrigado pelo feedback e pelas sugestões. O ângulo do ramo que falas é realmente um problema. Comecei a corrigi-lo na primavera e entretanto já se nota uma diferença. Em Março vou voltar à carga para o acerto final.

Aqui fica uma foto tirada ontem a esta árvore. O posicionamento da ramificação secundária e terciária é ainda algo grosseiro ou mesmo inexistente. Neste momento não estou preocupado em fazer que a árvore pareça muito bem, mas sim no correcto posicionamento dos ramos tentando prever o crescimento dos próximos anos.



Todos os comentários e críticas são muito bem-vindos.

Pedro

Já se nota uma grande grande diferença !

De resto, excelente resultado. O mais díficil está feito, agora é dar tempo ao tempo...

Consegues duas rebentações anuais aí na Madeira?

Obrigado Márcio!

Duas rebentações só nos kuro e akamatsu, nos silvestres bem queria eu! Sabes de locais onde isso acontece?

Um abraço,
Pedro

P.S. É a minha árvore mais alta: cerca de 80cm de altura.

Olá Pedro,

Eu também não consigo de qualquer maneira no meu local de cultivo. Percebi contudo que para a zona de Lisboa é normal acontecer isso em árvores estabelecidas, o que coloca uma séria questão quanto às técnicas a utilizar - talvez mais perto das do kuromatsu (...). Obviamente que há grandes diferencas de crescimento dentro dos sylvestris , talvez alguns hibridos, e isso dificulta muito escrever sobre isto de forma generalista...

Gosto bastante da evolução desta árvore. No futuro penso que poderás melhorar bastante a massa de folhagem do sashi-eda.
Ah, só para chatear: não gosto do vaso...

Márcio,

Obrigado pelos comentários sobre os silvestres. Sou inexperiente com a espécie, por isso toda a informação é bem-vinda.

Ah, só para chatear: não gosto do vaso...

Somos dois! Era o que havia com as dimensões apropriadas.

Um abraço,
Pedro

Viva!

Pedro, é bom rever a árvore e muito melhor saber que está super bem encaminhada ! É de facto um bunjin puro e que com os anos, se vai vincando ainda mais! A agulha ainda pode ser muito reduzida, é uma questão de jogar com a adubação e rega na altura em que as agulhas se estão a formar, mas sobretudo, o importante é muito sol...quanto mais sol apanhar mais grossas e curtas serão as agulhas.

O vaso, para já serve o propósito, até é notável que o "bolo" das raízes permita logo num primeiro transplante pós recolha mudar para um vaso assim tão baixo! No futuro acho que o ideal será um rústico ou o que mais gosto, um clássico baixo mas com pés altos!

Parabéns!

PS: O kuro também está a responder muito bem !

Mário,

Esqueci-me de responder-te, desculpa!

Obrigado pelo teu feedback. Quanto ao transplante, foste tu que fizeste um bom trabalho na recolha. Sem isso não teria sido possível passar já para um vaso tão raso.

Um abraço,
Pedro